Em Manaus, mais de 2.600 venezuelanos foram atendidos em ação de cidadania

Serviços oferecidos incluem emissão de documentos e testes rápidos, além de orientações sobre a rede de atendimento a Migrantes e Refugiados

 

Manuella Barros

 

Mais de 2.600 pessoas foram atendidas, neste sábado (25/5), durante a ação de cidadania realizada pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e órgãos parceiros, na Unidade de Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC) localizada no UAI Shopping São José.

 

No total, na área de saúde foram contabilizadas 328 consultas médicas, entre clínico geral e pediatria, 516 testes rápidos, 377 doses de vacinas, 189 exames de pele e 342 medicamentos dispensados. Em emissão de documentos foram 156 cartões do Sistema Único de Saúde (SUS), 200 carteiras de trabalho, além de 261 agendamentos para o registro de refúgio na Polícia Federal.

 

Entre os órgãos parceiros na ação estão o Alto Comissariado das Nações das Unidas para Refugiados (ACNUR), Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Superintendência Regional do Trabalho, Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), Polícia Federal, Ministério Público Federal, Instituto Humanas, Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Amazonas, Global Green, Students for Liberty Brasil, Instituto Mana e Ministério Público da União.

 

“A proposta é levar cidadania e inclusão social para este público”, afirma a titular da Sejusc, Caroline Braz. “Estamos trabalhando de forma integrada com órgãos municipais e estaduais com o objetivo de solucionar as demandas relacionadas à migração e refúgio”.

 

Público – Olennys Barreto, de 34 anos, conta que está em Manaus há quatro meses, morando na casa de uma amiga e esteve na ação para solicitar registro de refúgio. “Nossa maior dificuldade é conseguir trabalho e pagar um aluguel para morar. Com o refúgio, terei mais oportunidades”, comenta a venezuelana.

 

Parcerias – Segundo Catalina Sampaio, a equipe do ACNUR atuou na comunicação com a comunidade. “Apoiamos o governo a garantir devida proteção e acesso aos direitos”, diz a coordenadora.

 

Já o Instituto Mana participou na realização de rodas de conversas e conscientização. Conforme Nayana Góes, uma das cofundadoras do instituto, entre os temas abordados estavam direito da mulher, violência sexual contra as crianças e direitos humanos.

 

“Fizemos também uma palestra sobre microempreendedorismo. Juntamos os temas para fazer essa conscientização enquanto as pessoas esperam o atendimento”, destaca.