Feira de mulheres empreendedoras movimenta bairro de Aparecida aos sábados

Projeto “Praça Sustentável”, que conta com apoio do Governo do Amazonas, reúne mulheres que produzem artesanato e comidas típicas

 

 

Karla Mendes 

Em Manaus, mulheres empreendedoras do bairro Aparecida estão movimentando a comunidade com a venda de produtos artesanais, comidas típicas e caseiras. Todos os sábados, de 18h30 às 22h, a Praça da Bandeira Branca recebe o “Praça Sustentável”, projeto que conta com o apoio do Governo do Amazonas, através da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), e oferece ainda música e atividades para crianças.
De acordo com Gabriel Mota, morador do bairro e idealizador do projeto, a proposta da feira  é tornar as empreendedoras referências na cidade e fazer com que a economia gire dentro da comunidade.
“Eu sempre percebi que as mulheres daqui gostavam de colocar suas vendas na frente de casa e, conforme fui crescendo,  percebi que elas não estavam sendo absorvidas pelo mercado de trabalho, então essas vendas não eram somente uma renda extra, mas um meio de sustento. Foi quando nos reunimos e decidimos criar o projeto”, lembra. “É uma forma dessas mulheres conquistarem autonomia e serem independentes”.
Para a secretária Caroline Braz, titular da Sejusc, o “Praça Sustentável” é uma importante ferramenta para o empoderamento de mulheres na comunidade. Ela acredita que a independência financeira é capaz de prevenir, inclusive, futuros casos de violência doméstica.
“Esse projeto é importante para que as mulheres do bairro solidifiquem os seus talentos. Elas se tornam não somente donas de casa, mas também mulheres empreendedoras, conquistando a independência”, ressalta. “O Governo do Amazonas está trabalhando com a política de prevenção, articulando e apoiando ações que atuam antes que os casos de violência aconteçam”.
Oportunidade
Quem aproveitou a oportunidade foi Fabiana Rodrigues, de 41 anos. Ela trabalha há 12 anos com a confecção de adereços para cabelos e viu na feira uma chance de mostrar seus produtos. Fabiana conta que sempre trabalhou com adereços personalizados e feitos à mão.

“Eu criei o Ateliê Nega Flor após o nascimento da minha filha. Eu estava inspirada com o nascimento dela e comecei a produzir turbantes e laços para crianças. As pessoas foram gostando e comprando, então eu decidi fazer disso um negócio”, destaca. “Eu sempre quis que tivesse um projeto desses em nosso bairro, para que as mulheres mostrassem os produtos que são capazes de fazer com suas próprias mãos. Eu adoro isso aqui”.