Mutirão de cidadania atende indígenas venezuelanos de abrigos da capital

Cerca de 250 pessoas receberam atendimentos nas áreas sociais, de saúde e cidadania

 

 

Neste sábado (21/09), um mutirão de cidadania realizado por órgãos locais e internacionais que fazem parte da Operação Acolhida, ofereceu serviços a indígenas Warao refugiados em abrigos da capital.

 

O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas) e Secretaria do Trabalho (Setrab), também participou da ação, que aconteceu na Unidade de Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC), do bairro São José.

 

Foram oferecidos serviços de saúde, de emissão de documentos pra trabalho,CPF, cartão SUS, atendimentos da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) e Ministério Público Estadual, além de orientações realizadas por agências da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

De acordo com a secretária Executiva Adjunta de Direitos da Sejusc, Edmara Castro, o intuito da ação é integrar os serviços de todos os órgãos para levar cidadania aos refugiados.

“Nós separamos os atendimentos em grupos de refugiados indígenas e não-indígenas para oferecer os serviços com maior celeridade e qualidade”, explica. “Cada tipo de refugiado necessita de uma atendimento específico, por isso estamos trabalhando de forma conjunta. Cerca de 250 pessoas foram atendidas na ação de hoje e, em seguida, encaminhadas de volta aos abrigos”.

 

Na edição realizada no sábado passado, mais de 400 refugiados não-indígenas foram atendidas no local.

 

A chefe de escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados em Manaus (ACNUR), Catalina Sampaio, explica que, nestas ações, atua na articulação de serviços junto aos órgãos de proteção.

“Esta é a terceira vez que realizamos uma ação conjunta com o objetivo de garantir o acesso de pessoas refugiadas a direitos. Nestas últimas duas contamos com apoio de agentes relacionados à Operação Acolhida no Estado”, pontua. “São pessoas que saíram de maneira forçada de seu país de origem e precisam desse atendimento”.

 

 

Operação Acolhida – Articulada pelo Governo do Amazonas, a operação conta com equipes do Governo Federal, reunindo as Forças Armadas do Brasil, as secretarias de Estado de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Sejusc) e Assistência Social (Seas), a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), além da Organização Internacional de Migração (OIM), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

 

A proposta da Operação é oferecer atendimento, triagem, reordenamento e interiorização de refugiados venezuelanos em Manaus.