Simpósio prepara universitários para estágio em Centros Socioeducativos no Amazonas

Evento aconteceu nesta segunda-feira (07/10), na Universidade Federal do Amazonas

Os desafios que envolvem a reintegração social de adolescentes do Sistema Socioeducativo no Amazonas foram discutidos nesta segunda-feira (07/10), em um simpósio que reuniu funcionários do sistema socioeducativo e também universitários que iniciarão as atividades nos cinco centros do Estado. O simpósio “Programas de Privação e Restrição de Liberdade de Adolescentes do Amazonas” foi realizado no auditório Alalaú, na Faculdade de Educação da Universidade Federal do Amazonas (Faced/Ufam).

Durante o evento, foi assinado um termo do Programa Atividade Curricular de Extensão (Pace) da Ufam para que os alunos possam estagiar nas unidades. “Nesse primeiro momento, vamos conversar com os diretores [dos centros] e entender quais são as demandas, para que, então os alunos possam elaborar atividades a serem desenvolvidas com os internos”, explicou a coordenadora do Pace, professora Maria Nilvane Fernandes.

Os estagiários serão oriundos de diversos cursos, como Direito, Letras, Filosofia, Pedagogia e Serviço Social. Essa é a primeira vez que os centro socioeducativos firmam parceria com o Pace.“Nosso papel hoje é informar como essas unidades funcionam e, sobretudo, falar de uma agenda positiva que temos. Ressaltamos a importância que todos esses cursos têm no sistema e como cada um deles pode contribuir para o desenvolvimento do interno”, disse a gerente do Departamento de Atendimento Socioeducativo da Sejusc, Adriana Pena.

No auditório, os ouvidos eram atentos para as palestras. A assistente social e acadêmica do 2º período de Pedagogia, Poliane Cunha, já trabalhou no sistema prisional, mas o estágio nos centros socioeducativos será uma experiência inédita para ela, que ainda não teve contato com o processo de ressocialização.

“É de extrema relevância esse assunto. É uma oportunidade de conhecer a realidade desses adolescentes, visto que a maioria deles é vítima de uma sociedade excludente e desigual. A ideia é que possamos criar programas que possam ajudar na ressocialização deles”, destacou.