Migração e refúgio são abordados em capacitação para rede de atendimento

Secretaria participa da Operação Acolhida, que ajuda na reordenação de venezuelanos no entorno da rodoviária de Manaus

Servidores da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) participaram, nesta quarta-feira (16/10), de uma capacitação com foco em Migração, Refúgio e Assistência Social, promovido pelo Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante (CDHIC). O evento foi realizado na Unidade 3 do Centro Universitário do Norte (Uninorte), na avenida Joaquim Nabuco, Centro de Manaus.O encontro esclareceu dúvidas sobre a atual Lei da Migração e a situação dos refugiados venezuelanos na capital amazonense.

Segundo dados da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), 16 mil venezuelanos solicitaram formalmente refúgio no Amazonas. Desde 2017, o Brasil já recebeu mais de 115 mil solicitações, segundo a Polícia Federal. A Sejusc é responsável pelo Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante, que fica no entorno da Terminal Rodoviário Engenheiro Huascar Angelim – Rodoviária de Manaus. Com a Operação Acolhida, foram instaladas estruturas de albergue no local para pernoite dos refugiados, que têm recebido aproximadamente 300 venezuelanos.

A secretária executiva adjunta de Direitos da Sejusc, Edmara Castro, participou da abertura do evento. Ela falou sobre as ações da pasta e sobre o trabalho feito na Operação Acolhida em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), prefeitura de Manaus, Forças Armadas, Acnur e Organização Internacional para as Migrações (OIM), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

“Ninguém consegue fazer nada sozinho. Estamos conseguindo implantar a Operação Acolhida com muita rapidez. A resposta humanitária do Brasil é referência mundial. Nós temos casos de venezuelanos que já foram para outros países da América Latina e, pelo tratamento não ser satisfatório, eles acabam vindo para o Brasil porque a resposta aqui é referência, principalmente na questão humanitária”, afirmou a secretária.