Sejusc leva abordagens sociais para o ‘Muda Manaus’

 

Programa conta com rodas de conversa, palestras e vivências até sábado

 

 


A Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) comanda, até este sábado (7/12), rodas de conversa, palestras e vivências sobre violência contra mulher, direitos dos idosos, tráfico humano, igualdade racial, prevenção à exploração e abuso sexual infantil, erradicação do trabalho escravo e direitos LGBTs no programa “Muda Manaus”, do Governo do Amazonas, que acontece no Centro de Convivência da Família Teonizía Lobo, localizado na Rua da Penetração 3, Quadra 60, bairro Amazonino Mendes (Mutirão).

Conforme a titular da pasta, Caroline Braz, os temas são trabalhados pelas equipes do órgão em diferentes formatos para chamar a atenção das pessoas que aguardam atendimento. Entre as palestras estão cotados assuntos como “Violência Doméstica e Familiar e Rede de Atendimento a Vítimas de Violência”, “Importunação sexual, violência obstétrica e Rede de Atendimento” e “Feminicídio e a Rede de Atendimento”.

“Psicólogos e assistentes sociais também estão atendendo o público no Ônibus da Mulher, para orientar, dialogar e encaminhar vítimas de violência doméstica aos órgãos de proteção”, destaca a secretária. “Durante toda a ação, vamos distribuir panfletos informativos sobre a Rede de Atendimento oferecida pelo Estado e a Lei Maria da Penha”.

Idosos – O Grupo O Grito, da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI), encenou trechos sobre maus-tratos, violência física, negligência, intimidação, agressão psicológica, abuso financeiro entre outras violações de direitos dos idosos em todas as salas do centro de convivência.

“Essa violência contra a pessoa idosa é fenômeno de amplitude mundial que, na maioria das vezes, acontece dentro de casa e não tem tanta visibilidade. Então, de forma lúdica, levamos a realidade para a população da zona leste, que, junto com a norte, registra maior índice de casos contra pessoas da terceira idade”, afirma Francianne Alves, gerente do Centro Integrado de Proteção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (Cipdi). “Não podemos deixar que essas discussões caiam no esquecimento e fiquem sem ação dos órgãos competentes”.

A dona de casa Rosana Nonato, de 57 anos, assistiu a encenação produzida pelos atores da FUnATI. Segundo ela, é importante discutir este tipo de violência, pois as agressões ocorrem de forma velada e as vítimas, muitas vezes, não chegam a registrar os casos.

“De alguma forma eu me vi naquela situação. Quando a gente assiste a peça, dá pra sentir como se fosse conosco. Existem muitos filhos que não obedecem aos pais, batem ou, às vezes, até colocam num asilo porque não querem ter o trabalho de cuidar ou não têm paciência para lidar com pessoas mais velhas. Acho importante falar sobre esse tipo de violência e, principalmente, denunciar”.