Faça Bonito: Órgãos estaduais levaram estratégias de atendimento à crianças e adolescentes para seminário na ALEAM
Secretarias mostram dados e planos de ações para medidas protetivas
Durante o Seminário Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, órgãos estaduais apresentam o panorama e as estratégias de atendimento do público infantojuvenil em casos de violência. O encontro, que todos os anos acontece em alusão ao 18 de maio, foi realizado na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), durante a semana, reunindo membros da sociedade civil.
A Secretaria de Estado de Justiça de Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), foi um dos órgãos que apresentou as ações da pasta, que são trabalhadas por meio da Secretaria Executiva de Direitos da Criança e Adolescente (Sedca).
As discussões tinham como objetivo alertar aos órgãos competentes de proteção à criança e adolescentes e informar sobre os altos indícies de violência sexual contra menores, além de capacitar os conselhos tutelare dos municípios do Amazonas.
A gerente da Sedca, Jaqueline Nogueira, alertou que, em 2023, houve um aumento de aproximadamente 84% dos casos de abusos de crianças e adolescentes no Brasil, em comparação com o ano de 2022, evidenciando a seriedade do assunto e atenção das secretarias à essas crianças. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado pelo Governo Federal, em 2023.
A iniciativa serviu como espaço de troca de experiências entre os participantes. “Esse momento de discussão do Seminário Estadual de Violência Sexual veio como contribuição para a melhoria do atendimento, em forma de estratégias, para o enfrentamento dessa violência que tem sido cada vez mais notificada”, comentou Jaqueline.
O evento contou, ainda, com a participação das Secretarias de Estado de Assistência Social (SEAS), Saúde (SES) e Segurança Pública (SSP-AM), que também representam o Governo do Estado dentro da rede de proteção.
Rede de Proteção
Segundo a Coordenadora da Infância e Juventude do TJAM, Jane Nagaoka a rede de proteção precisa trabalhar em conjunto para atender efetivamente os direitos infantojuvenis.
“Cada ator tem o seu papel importante, os municípios precisam estar munidos de conhecimento, de profissionais habilitados, capacitados e de motivação política para que a gente consiga realmente atender e efetivar a proteção de crianças e adolescentes no Amazonas”, declarou.
No seminário, também foi apresentado o programa de erradicação do trabalho infantil da SEAS, com os temas de desenvolvimento e elaboração de planos municipais, diagnósticos, fluxos de atendimento e articulação intersetorial.
Segundo a assistente social que representou a SEAS no evento, Daniela Toilza, a apresentação do programa é de suma importância para a integração dos municípios.
“A importância de ter colocado o programa de erradicação no seminário é justamente para que os municípios entendam que eles não trabalham sozinhos, tem que haver a articulação, e orientamos justamente para que eles consigam demonstrar que cada instituição tem o seu comprometimento, tem a sua parcela dentro dessa demanda”, pontuou Daniela.
Foto: Ygson França/Sejusc