Rede de proteção da criança se reúne para alinhar fluxo de atendimento do Centro Integrado
Espaço tem previsão de entrega para este ano
A obra do Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente está em sua reta final e os agentes que atuarão no local já discutem como serão os trâmites para os assistidos. Nesta segunda-feira (07/07), a Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e demais membros da rede de proteção se reuniram para alinhar o fluxo no local.
A secretária executiva dos Direitos da Criança e do Adolescente, Rosalina Lôbo, explicou que no fluxo atual de atendimento, cada instituição faz o atendimento da criança e adolescente vítima de violência dentro do seu âmbito e da sua rede de atendimento, mas com a inauguração do novo local, a escuta será uma só e todos os agentes devem estar em sintonia.
“A partir do Centro Integrado, nós estaremos todos trabalhando num único espaço e precisa alinhar qual é o caminho que essa criança percorre lá dentro, para ter o atendimento específico, cada um fazendo a sua parte, mas dentro do mesmo ambiente. Isso requer uma mudança cultural e também garantia de intersetorialidade”, observa Rosalina.
O encontro aconteceu no auditório da Sejusc, no bairro Adrianópolis, zona sul de Manaus. Dentre os presentes, estavam representantes do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca), Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), Secretaria de Estado de Saúde (SES), Polícia Civil do Amazonas e outras instituições públicas e da sociedade civil.
Temas abordados
A psicóloga e professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Iolete Ribeiro da Silva foi uma das convidadas para falar sobre o atendimento humanizado e a revitimização. Ela é uma das consultoras contratadas pelo Unicef para conduzir esse trabalho de diagnóstico da rede atual e ajudar a rede a virar essa chave para o atendimento integrado.
Um dos tópicos abordados foi a importância de criar espaços e oportunidades para a criança ou adolescente poderem conversar sobre os eventos que estão ocorrendo, principalmente por meio do diálogo.
O encontro de hoje foi o segundo de três previstos. Após essas discussões, haverá uma capacitação com todos os atores envolvidos para afinar ainda mais o fluxo construído pela rede de proteção.
“É um trabalho a muitas mãos e é um trabalho que garante proteção das infâncias e das adolescências nesse contexto do atendimento integrado”, finalizou a secretária Rosalina.
Fotos: Lincoln Ferreira/Sejusc